segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Resenha: 50 Anos a mil - Lobão com Cláudio Tognolli

Sinopse

          "Preparem-se porque, a partir de agora, vou contar uma história de amor louca, insólita, humana, demasiadamente humana, imprevisível, improvável, mas bem real: a história da minha vida, que se mescla e se confunde com a da minha geração, do nosso país e de nosso tempo. Não se trata de uma simples narração de um passado longínquo, morto e enterrado, fruto de um devaneio nostálgico. É uma história cheia de vida, de intensidade e de revelações, que incide no presente e se projeta em direção ao futuro.
          Portanto, não se enganem: o melhor ainda está por vir, pois essa promessa eu fiz aos meus amigos, ao pé de suas lápides.
       E tenham a certeza absoluta de que a cumprirei à risca." (Lobão)         
          Lobão já foi chamado de tudo e recebeu os mais variados diagnósticos. Mas poucos sabem o que realmente ele é.
          Da infância passada sob a sombra da nefrose, de uma mãe super protetora e de uma história familiar extremamente complicada, passando por choques culturais, influências e amigos, ao período em que foi rotulado como bandido, maconheiro, maluco e iconoclasta, esta autobiografia mergulha fundo na trajetória que levou o menino Xurupito a se transformar em Lobão.
         50 Anos a Mil, tem ares de psicodrama, sem deixar de ser cômico, surpreendente e elucidativo. Polêmicas e histórias mal contadas são passadas a limpo pelo próprio Lobão: descobertas, parcerias, drogas, prisões, brigas, amores... As amizades com Cazuza e Júlio Barroso e os encontros inesquecíveis com Nelson Gonçalves, Elza Soares, o Vímana - de Ritchie e Lulu Santos -, Marina e outros tantos nomes da música popular brasileira.
          Os bastidores das gravações dos discos, a briga com a indústria fonográfica, culminando com a espetacular campanha da lei que numera discos no Brasil e o inesperado recebimento do Grammy de melhor disco de rock de 2007, em meio a apupos unânimes de toda a imprensa, também estão nesta surpreendente livro.
          Entre tantos mortes anunciadas e uma provável capacidade de Lobão de sobreviver e se reinventar, 50 Anos a Mil é o relato de uma intensa e tempestuosa existência.
          A minuciosa pesquisa de Cláudio Tognolli, repórter investigativo que vasculhou o acervo dos maiores jornais e revistas brasileiros, entre outras fontes mais obscuras, traz à tona documentos nunca divulgados, que ilustram a trajetória de Lobão não só pelos fanzines e cadernos de cultura, mas também pelas páginas policiais. O livro reúne ainda depoimentos de pessoas próximas ao músico, além de fotos exclusivas destes 50 anos de mágica no absurdo e de rock 'n' roll meio nonsense.



Resenha

          Bem, eu nunca fui grande fã do Lobão, também não conhecia nenhuma música, além as que tocam na rádio e as que eu escutava por causa da minha mãe (Vida Bandida, Me chama, Corações Psicodélicos, Vida Louca Vida). Quando eu comprei foi por mera curiosidade, queria saber o porque de todos o tratarem como uma figura polêmica.
          Na verdade acabei descobrindo que ele teve uma vida bem conturbada, de momento alegres a momentos de imensa tristeza, um menino super protegido pela mãe, com a qual tinha uma relação estranha. Uma pessoa que teve muitos momentos de altos e baixos, mas que lutou por tudo que se comprometia fazer. Lobão conta momentos constrangedores de sua vida, momentos que me fizeram passar vergonha no ônibus (local de minha leitura insana), pois eu ficava rindo sozinha (imagine isso num ônibus lotado, logo pela manhã. Sem falar a noite com minha companheira inseparável - a lanterna - pois os motoristas sempre apagam as luzes do ônibus de ar condicionado). Também tem momentos bem tristes, e momentos em que eu pensava: se fosse comigo, eu já teria desistido.
          Mesmo sendo esse cara que, eu continuo achando, fala muitas bobagens, Lobão foi bem imparcial ao falar se sua vida. Falou de tudo que passou, e Cláudio usou as reportagens para confirmar. Falou sobre Cazuza, que pelo livro e filme - feitos pela mãe - não bate muito com o Cazuza relatado por ela.
          Falou de sua passagem pelo samba, do episódio com a bateria da mangueira no Rock in Rio II 1991, fala sobre a prisão e tantas outras coisas.
          Bem eu recomendo, gostei bastante. Minha opinião mudou bastante sobre ele, mas ele ainda continuo achando que ele fala muita bobagem.


















Dados do meu livro:





Nenhum comentário:

Postar um comentário